Pequenos motores caseiros, molas amplificadas de vários tipos, feedbacks gerados por uma mesa de mistura, osciladores, objetos ressonantes e outros pequenos aparelhos são alguns dos dispositivos que Alfredo Costa Monteiro utiliza nas suas performances. Um processo analógico que vem desenvolvendo há mais de 25 anos, onde cada evento sonoro é o resultado de uma ação ou de uma série de gestos que configuram uma relação intuitiva e direta ao som.

Alfredo Costa Monteiro é artista sonoro, improvisador, compositor e poeta sonoro natural do Porto. Vive e trabalha em Barcelona desde 1992, ano em que se graduou em escultura / multimédia na Escola de Belas Artes de Paris. As suas peças sonoras são feitas a partir de processos instáveis, restrições conceptuais e formas de uma simplicidade às vezes desconcertante, onde a manipulação de objetos como instrumentos ou instrumentos como objetos tem um forte aspecto fenomenológico. Em poesia sonora, o seu trabalho centra-se na musicalidade da linguagem e no seu conteúdo fonético, mantendo sempre um equilíbrio com a semântica. Os seus poemas são geralmente ruidistas e poliglotas ( português, francês, espanhol, inglês e catalão) e utilizam sistemas combinatórios baseados em fonemas comuns a estes idiomas, para criar múltiplos significados que muitas vezes levam à confusão e desafiam a compreensão. Colabora com inúmeros músicos, coreógrafos, video-artistas e cineastas de todo o mundo, e apresentou o seu trabalho por toda a Europa, Canadá, Estados Unidos de América, Rússia e Japão. Tem uma extensa discografia em solo e em diferentes formações.

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