Granular Bastards
MÚSICA EM ITINERÂNCIA

Granular Bastards apresentam TACIT GROUND

“Tacit” (tácito, em português) significa o que não é dito, o que não se descreve – como o conhecimento exigido para andar de bicicleta. […] O pensamento emerge do solo tácito. Por isso, se comunicamos a um nível tácito, talvez o pensamento esteja a mudar. O processo tácito é comum. É partilhado.  –  Bohm, David

O texto inspirador de David Bohm sobre o diálogo, revela a noção de um conhecimento tácito que define os nossos pensamentos e ações. A natureza destas sessões de improviso de
Albert Cirera e Valeria Miracapillo baseiam-se no “não falado”. Aqui, o que é tácito surge através do som. Vozes cruas e nuas da pele do instrumento. O saxofone ativa objetos vibrantes no seu corpo. Transientes monótonos, latas metálicas ressonantes, períodos assíncronos e densidades caóticas, nada vai suavizar as fricções do pensamento na sua tentatriva de coerência.

Albert Cirera:

Com mais de 30 gravações nos últimos 5 anos, Albert Cirera é um dos mais ativos e versáteis saxofonistas da Península Ibéria, no cenário do free jazz e avantgarde. Viveu 10 anos em Barcelona, onde cresceu enquanto músico ao tocar com Agusti? Fernandez, Ramon Prats, Vasco Trilla, Jordina Milla? e Massa Kamaguchi. Depois 5 anos em Lisboa, onde se consolidou como músico criativo, tocando regularmente com João Lencastre, Carlos Zingaro, Gabriel Ferrandini, Hera?nin Faustino e Abdul Moaimem. Viveu depois 2 anos em Copenhaga, onde estudou na RMC e tocou com Kresten Osgood, Henrik Olsson, Hakon Berre, Aurelijus Uz?ameckis. Entre outros, também tocou com Barry Guy, Andy Moor (the Ex), Joe Morris, Ernesto Rodrigues, Nu?ria Andorra?, Nicolas Field, Florian Stoffner, Silvia Bologniesi, Hugo Antunes, Massa Kamaguchi, David Mengual, Paula Chocron, Don Malfon, Witold Olszak, Nuno Rebelo, Rafal Mazur, Ferran Fages.

Valeria Miracapillo:

Compositora do Rytmisk Musikkonservatorium em Copenhaga, Valeria tem sido muito inspirada por um contexto de apoio mútuo e de colaboração dentro do panorama local experimental. Ao combinar a experiência que surge dos estudos de filmes e artes eletrónicas, a artista está agora focada em construir uma rede interdisciplinar para crescer enquanto artista independente que se apercebeu da importância da prática enquanto base da comunidade. Além de compor para filmes e teatro, Valeria está ainda envolvida em projetos como The Strangement Society realizado por Miguel Crozzoli, Tacit Ground – dueto improvisado com o saxofonista Albert Cirera, uma nova colaboração com o violinista Dimos Vryzas e o seu histórico duo eletrónico Canyf. Valeria trabalha agora na obra “Cognitive Failure”, uma peça de percussão e eletrónica, recentemente apresentada no Inter Arts Center of Malmo? por Irene Bianco na percussão, e por Domenico Villani na eletrónica.

 
  • Música e Performance

28 set 2022

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