A “Oficina Pegajosa” visa tornar-se um espaço onde periodicamente se gera debate à volta de diversos assuntos sociais e políticos locais. Nesta oficina, vamos explorar o autocolante como meio de expressão gráfica presente no espaço público, usando como referência gráfica e conceitual a coleção de autocolantes do Arquivo Municipal de Montemor-o-Novo e a serigrafia como técnica de impressão. Na primeira edição, será abordada a questão da crise de habitação e o direito de acesso à mesma.

Primeiro dia: Design e conceptualização – Apresentação do arquivo de autocolantes do Arquivo Municipal de Montemor-o-Novo. Introdução do tema da sessão: O problema da crise da habitação e o direito a mesma. Como tornar o assunto mais público, gerar questionamentos e ocupar o espaço público com mensagens, propostas e inquietações sociais. Desenvolvimento por grupos de mensagens e desenhos para criar uma série de autocolantes.

Segundo dia: Impressão – Introdução básica a serigrafia. Insolação das telas e impressão dos autocolantes.

Público alvo:
+16 anos; Pessoas com vontade de trabalhar sobre o tema do direito a habitação com ou sem experiência em artes gráficas.

---

Sobre Inés Ballesteros (ela/elu)

Inés Ballesteros (13/09/1993) é artista e investigadore espanhola que trabalha com diversos media com um foco em espaço público e as artes gráficas. A maioria dos seus projetos envolve a colaboração com outros artistas e gera situações participativas no espaço público, investigando as dimensiones sociais e/ou política dos espaços públicos com os que trabalha e gerando trocas com os seus habitantes. A sua relação com as artes gráficas tem sido marcada pela participação e produção de cartazes e publicações em diversos coletivos ativistas e espaços autogeridos em Espanha, Portugal e Bélgica. 

Concluiu uma licenciatura em Design Gráfico pela ESDA de Zaragoza e posteriormente o Mestrado em Arte e Design para o Espaço publico na Faculdade de Belas Artes do Porto em 2018. Desde 2019 colabora com a artista italiana Michela Dal Brollo desenvolvendo o projeto “Living Equipment: Portable Spaces”, baseado no desenvolvimento de um conjunto de ferramentas artísticas portáteis utilizadas para fazer investigação in-situ e gerar ocasiões de encontro e troca no espaço público.