
BREVE MENTE APRESENTA //
“Porque Não Sorris?” reúne dois painéis compostos por seis fotografias e explora a complexa relação entre a saúde mental, as dinâmicas sociais e as máscaras que usamos para esconder o sofrimento. As fotografias capturam a dualidade entre o que é visível e o que é oculto na psique humana.
Cada imagem é uma encenação tragicômica, confrontando o espectador com questões profundas: Até que ponto estamos preparados para reconhecer e expressar o nosso próprio sofrimento? E como lidamos com a dor dos outros sem recorrer às máscaras da normalidade?
As fotografias oferecem uma mensagem desconcertante ao mesmo tempo que convidam à reflexão sobre o que significa realmente “estar bem”. Num equilíbrio entre tragédia, drama e comédia, “Porque Não Sorris?” transforma o sofrimento em arte, desvelando as camadas mais irracionais e menos elaboradas da experiência humana, e abrindo espaço para o diálogo sobre a saúde mental e as exigências sociais de aparentar felicidade.

Cláudia Dias, natural de Évora, é uma fotógrafa emergente cujo trabalho explora questões profundas e sensíveis relacionadas à saúde mental, frequentemente consideradas tabu. Atualmente, Cláudia está a concluir o mestrado em Psicologia Clínica, área que complementa a sua abordagem artística. Iniciou o percurso académico em Teatro, mas encontrou na Psicologia e na Fotografia os meios para expressar a sua visão singular.
Com formação em Fotografia I e III do curso de Artes Plásticas e Multimédia da Universidade de Évora, Cláudia desenvolveu diversos projetos artísticos. Em março de 2024, apresentou a exposição individual Goodbye na Igreja de São Vicente, em Évora, como parte de uma bolsa de criação artística do programa Artes à Rua. A exposição incluiu uma instalação sonora e explorou temas como suicídio, sofrimento psicológico, solidão e perda, proporcionando uma experiência imersiva e profundamente emocional. Ainda neste ano, integrou a exposição coletiva Lugar, composta por três séries fotográficas na Universidade de Évora. A exposição apresentou as séries Goodbye, Diagnóstico e Belly Button, que abordaram, de maneira sensível e introspetiva, questões relacionadas à saúde mental e física, além da conexão com o território, oferecendo um olhar poético sobre as complexidades da condição humana. Recentemente, criou Asilum, um photobook que explora as máscaras sociais que ocultam o sofrimento e moldam a perceção de sanidade.
A sua obra busca não apenas sensibilizar, mas também fomentar o diálogo sobre temas essenciais, promovendo uma reflexão crítica sobre a condição e o sofrimento humano. Por meio do seu trabalho fotográfico, Cláudia utiliza a arte como um veículo para explorar e questionar dimensões profundas da experiência humana, aproximando o público de questões que desafiam perceções e estimulam uma maior empatia e compreensão.
- BREVE MENTE