Dead Vortex na Oficinas do Convento

Concerto Dead Vortex

11 Outubro 2019 | 21:30h

Oficinas do Convento

Contribuição à porta para os artistas

Dead-VortexDead Vortex é o buraco negro (ou melhor: o vórtice criado pela acção centrípeta de um buraco negro) em que o psicadélico se confunde com o stoner, o prog com o pós-rock e o jazz com a improvisação experimental. Sempre com uma abordagem de jamming, numa busca de estruturas e de formas que ecoa tanto os mantras tibetanos e os ragas da Índia como o perdido factor “garage” que marcou as bandas de guitarras nas décadas de 1960 e 70. Pelo meio, se algo faz lembrar o Miles Davis do período “On the Corner” é para logo dar lugar às emanações do deserto de uns Kyuss, às métricas hipnóticas kraut dos Can ou às abstracções tímbricas que vão distinguindo os AMM nos domínios da música exploratória.
Tudo vem a propósito e tudo é devorado pela implacável voragem de temas que são tão crus quanto ricos em parâmetros (ritmo, harmonia e melodia versus noise, noise e mais noise), com elementos sonoros a dispararem em todas as direcções – um pouco como se Morton Feldman compusesse sob o efeito de anfetaminas e as suas referências viessem do punk e não de Schoenberg ou Webern. Nesta edição dividida em duas partes, “Event Horizon” e “Redshift”, o que ouvimos sob o que mais se ouve é energia. Contida ou em explosão são os diferentes graus da energia do universo, canalizada pelos corpos e pelas mentes de Luiís Guerreiro, Jorge Nuno, André Calvário e Pedro Santo (o primeiro e o último membros do grupo de jazz eléctrico Peixe Frito, os do meio vindos da banda de psych rock Signs of the Silhouette), que vão convergindo naquilo que Roberto Assagioli chamou Síntese Suprema.

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–EN–

Dead Vortex is the black hole (better still: it’s the vortex created by the centripetal action of a black hole) where psychedelics mixes with stoner, prog with post-rock and jazz with experimental improvisation. Always with a jamming approach, in search of structures and forms echoing Tibetan mantras and Indian ragas as much as the lost “garage” factor of the guitar bands in the Sixties and Seventies. In the middle of all this, if something reminds us of Miles Davis in the “On the Corner” period, immediatly it gives place to the desert emanations of Kyuss, the hypnotic kraut metrics of Can or the timbric abstractions distinguishing AMM in the domains of exploratory music.

Everything comes with intent and everything is devoured by the implacable wilfulness of pieces which are crude but also rich in parameters (rhythm, harmony and melody versus noise, noise and more noise), with sonic elements shooting in several directions – as if Morton Feldman composed under the effect of amphetamines and his references were on punk and not on Schoenberg and Webern. In this edition divided in two parts, “Event Horizon” and “Redshift”, what we hear under the first impressions is energy. Contained or in full blast, it’s the different degrees of cosmic energy, channeled by the bodies and minds of Lui?s Guerreiro, Jorge Nuno, Andre? Calva?rio and Pedro Santo (the first and the last being members of the electric jazz group Peixe Frito and the ones in between coming from the psych rock band Signs of the Sillhouette), which converge in what Roberto Assagioli called Supreme Synthesis.

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